quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Melhor Idade na Capoeira - CAPOTERAPIA

Capoterapia é uma terapia utilizando elementos da capoeira adaptada para pessoas da terceira idade, respeitando a condição física, as potencialidades, os limites e as características psicológicas individuais  da clientela.

A prevenção de doenças degenerativas do Aparelho Cardiovascular, Respiratório e Locomotora são os principais problemas da medicina atual, pois estas doenças ocupam os primeiros entre as causas das mortes e invalidez em grande parte das nações. No Brasil, estes problemas estão presentes principalmente em pacientes da terceira idade.

 


Durante os últimos 12 anos ficou provado que os idosos podem se beneficiar com participação  em programas de treinamentos físico.

Mas o sistema de saúde do país não possui equipes multi-diciplinares  para planejar, executar e avaliar projetos de condicionamento físico para pessoas da 3ª idade que são atendidas em seus Hospitais e Centros de Saúde. É neste vácuo que a Capoterapia tem atuado, ajudando a medicina curativa a proporcionar melhor qualidade de vida ao idoso.

CAPOTERAPIA é uma terapia utilizando o lúdico da capoeira, idealizado pelo Mestre Gilvan, em Brasilia DF. Devido ao sedentarismo dos grandes centros, aliado às doenças cardiovasculares e respiratórias, ser o grande responsável pela mortalidade entre os mais vividos. Doenças como a arteriosclerose e a artrite, entre outras, podem ser evitadas, ou mesmo tratadas, a partir da prática orientada de exercícios físicos.





A prática de esportes, com ênfase nos seus aspectos terapêuticos e de estímulo à prática socializante, tem se revelado como um poderoso instrumento para proporcionar o bem estar físico e espiritual e a própria felicidade aos idosos, num momento tão particular de suas vidas, onde o convívio familiar lhes impõe um certo isolamento natural. A capoeira, em particular, trabalhada na perspectiva de respeitar as condições físicas próprias da terceira idade, pode se converter num eficaz meio de valorização da vida social dos idosos, fazendo do seu ambiente um pólo catalisador e irradiador de cidadania.

Fonte: Mestre Gilvan - DF

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capoeira Rede Social e Preservação

Não devemos nunca esquecer que a capoeira vem do oprimido, desfavorecido e excluído, é arte que representa a vitória e valorização de uma cultura antes marginalizada, escravizada e violentada. Todos temos por obrigação valorizar essa arte. Viver bem e aproveitar tudo que ela possa nos proporcionar como modo de vida e até mesmo profissão, isso não é ofensa, afinal muitos lutaram no passado para que pessoas como eu por exemplo pudessem viver no exterior, constituir família, ajudar parentes, e poder ter acesso a bens de primeiras necessidades ou até os tidos como fúteis.


Acho que Ofensa é aproveitar tudo o que de bom ela tem para oferecer (Não falo aqui apenas das lideranças de grupos, mas dos seus alunos também) e esquecer sua origem e seu valor ancestral, se cada um compreender isso, pensará que ela deve retornar das faculdades, academias de luxo, escolas e das classes com mais condições educativas, financeiras e sem problemas de alimentação e emprego para estender a mão para a enorme quantidade de pessoas ainda no esquecimento social e violentadas de diversas maneiras pelas concepções e velocidade da sociedade moderna.


Um grupo de capoeira pode muito bem formar ideais de acção social, pode ser interventivo de forma direta nos problemas sociais, essa é uma tarefa difícil para qualquer liderança que queira lançar mão a obra neste aspecto, pois é um exercício que demora e custa muito, e que para entrar nas mentes e principalmente na atitude das pessoas que nos cercam nem sempre é passivo, temos de estar preparados para os avanços e recuos, para as vitórias e decepções, mas quando se acredita nesse tipo de ideal, mais cedo ou mais tarde a coisa acontece.

Os dois Joãos, exemplo da humildade e simplicidade da capoeira Claro que existem milhares de maneiras em que um grupo de pessoas pode ajudar, ou melhor ainda, um grupo de capoeira, por exemplo, em toda roda de capoeira pode-se pedir para os nossos praticantes trazerem um quilo de alimento e reverter os mesmos para projetos comunitários, podemos pedir roupa, remédios ou donativos financeiros, podemos dar aulas de graça em comunidades, participar com os alunos no apoio aos sem abrigos, fazer parte das mais diversas campanhas de intervenção Social, para ajudar basta querer.


Devemos também lembrar e procurar valorizar os Mestres mais antigos, os produtores culturais populares e retribuir sem pensar duas vezes, seja de que forma for, sempre que eles precisem, porque se eu assim como muitas lideranças devemos muito do próprio sucesso do trabalho a si mesmos, devemos muito mais a esses velhos Mestres. Vamos ainda, para que nossa arte possa continuar a possuir o valor ancestral, dizer não a cópia de CD´s da cultura que destrói a sobrevivência e produção da nossa arte, diga não ao aproveitamento das limitações financeiras de muitos Mestres para acender a “Mestrias” ou ter acesso ao saber e o aproveitamento deste mesmo saber sem nenhum tipo de escrúpulo, diga não em viver depreciando todos os que não fazem parte dessa onda de estética, cultura do corpo, e a dita “Técnica”, diga não a um único modelo musical da moda que sufoca o improviso o aprendizado oral e a diversidade que sempre existiu na capoeira, diga não a tentação do crescimento fácil na integração desmedida de “professores ou não” para poder ter mais uma bandeira de país anexada ao símbolo, como se tratasse de um vitória mas que na verdade simboliza a diluição da ligação ancestral do aluno com o mestre e uma total falta de ética para com o outro mestre, pelo menos ligue para ele antes, diga não a filiação por telefone, Internet, fax, Pombo-correio e sinal de fumo, diga não a falta de ética, falta de frontalidade e de respeito ao próximo, diga sim a uma roda de boa energia e a produção cultural, a ferramenta social e a entre ajuda, a rede da capoeira diversificada e a todos os que lutam por um mundo melhor, mesmo que seja esse pequeno grande mundo chamado capoeira.

Artigo retirado do Portal Capoeira.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Transformação da Capoeira e Inserção no Contexto Escolar




A capoeira, esta arte de origem controversa e que ainda desperta muita polêmica, emergiu no bojo das camadas populares e adentra as instituições públicas e privadas de forma arrebatadora e efusiva, sendo capaz de em pouco mais de quatrocentos anos de trajetória estar presente na maior parte das escolas, clubes, universidades, academias, dentre outros, se firmando com força em vários países do mundo, força esta, que ora estamos precisando verificar, os interesses ideológicos que estão sendo defendidos nas entrelinhas de sua expansão pelo mundo. Partindo dos princípios de que a capoeira, ao longo de sua história, passou por uma série de transformações para firmar seu espaço no ambiente escolar e que a escola funciona, na maioria das vezes, como um aparelho ideológico do estado, que por sua vez estará sujeito aos ditames do capital, tentaremos aqui traçar um painel desta dialética relação entre a capoeira e a escola

    Para compreender os conflitos desta relação, precisamos lembrar que o surgimento da escola teve suas bases associadas a uma estratégia de manutenção da diferença entre a classe operária e a classe burguesa, sendo esta última beneficiada pela manutenção ideológica garantida pela escola, pois ali estariam garantidos os princípios de construção da separação entre fazer e pensar, corpo e mente, etc. 

    Todo sistema de ensino da sociedade capitalista assenta no racionalismo burguês, ou seja, um idealismo ou iluminismo que esclarece os espíritos, a massa e a matéria. Toda a sociedade dividida em duas classes é necessariamente idealista: a elite esclarecida dita as normas, e a massa bruta deve segui-las sem discussão. 

    A partir da análise deste contexto acima, fica fácil compreender o tamanho do "desafio" e das transformações, que foram "necessárias" para enquadrar a capoeira na lógica escolar, pois a capoeiragem historicamente foi também símbolo de contestação da lógica vigente e sua fundamentação filosófica, centra-se em uma simbologia que extrapola o conceito de educação escolar, ratificando o verdadeiro conceito de educação, que não estabelecem fronteiras, nem limites para as relações de ensino-aprendizagem. 

    Segundo DANGEVILLE (1978): Quando a escola é a aldeia, a educação existe onde não há escola e por toda parte pode haver redes e estruturas sociais, de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi sequer criada a sombra de um modelo de ensino formal e centralizado. Porque a educação aprende com o homem a continuar o trabalho da vida. Á vida que transporta de uma espécie para outra, dentro de historia da natureza, e de uma geração a outra de viventes, dentro da história da espécie, os princípios através dos quais a própria vida aprende a ensinar a sobreviver e a evoluir em cada tipo de ser. 

    Deste conceito mais amplo de educação surgem às bases filosóficas dos ensinamentos da simbologia da capoeiragem. Assim fica fácil compreender o tamanho do abismo entre a matriz norteadora da capoeira e a forma na qual ela se apresenta hoje nas escolas. 

    Portanto, a capoeira ganha uma nova roupagem que abre a possibilidade de institucionalização da mesma, pois pela primeira vez a sociedade reconhecia e decodificava os símbolos que fundamentavam a prática de ensino da capoeira, por meio de um método sistematizado e escrito que poderia facilmente ser implantado em diversas instituições, fato este que aliado a uma conjuntura política que estimulava ideais nacionalistas pela forte influência do "Estado Novo" de Vargas na defesa de um modelo de ginástica que pudesse ser genuinamente brasileiro, impulsionaram um grande crescimento e divulgação da capoeira. Um outro fator que contribuiu muito para a expansão da capoeira institucionalizada foi à condição desta alternativa apresentar-se como uma possível tentativa de cooptação e controle de uma arte que insurgisse de forma subversiva em alguns pontos do território nacional, a exemplo das maltas do Rio de Janeiro e de outros pequenos movimentos de contestação da estrutura social vigente, que tinham na capoeira um braço de luta, ou seja, é importante lembrar que esta aceitação teve um preço alto, pois, a necessidade de atender os anseios de uma classe social dominante, enquadrou e remodelou a capoeira em um perfil alienador, que em última instância desarticulava sua simbologia metodológica revolucionária e a colocava a serviço do sistema. 

    A partir desta transformação, a capoeira gradativamente vai inserindo-se no contexto escolar, podendo-se atribuir ao Mestre Bimba um papel importante neste processo, pois através de seu contato com estudantes universitários de Salvador, que o convidaram para ensinar na pensão onde residiam, o mestre pode ter acesso a uma camada social e a códigos e símbolos do conhecimento científico que possibilitaram a criação e sistematização deste novo modelo de ensino da capoeira. A partir daí a capoeira inicia seu processo de institucionalização. O novo modelo de capoeira criado por Bimba e seus discípulos passa a ser reconhecido paulatinamente pela sociedade civil, sendo inclusive o Mestre Bimba agraciado com o título de Instrutor de Educação Física, mediante diploma oficial assinado por Dr. Gustavo Capanema, o então Ministro de Educação, no ano de 1957 pelo enquadramento do ensino da capoeira na legislação vigente. Apesar dos avanços proporcionados por Bimba, o mesmo só teve acesso a uma única instituição, que foi o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), na qual ministrou aulas de capoeira para os aspirantes da reserva. Este fato denota que a capoeira institucionalizada inicia-se com M. Bimba, mas só vem se firmar com o passar dos anos, através de outras iniciativas promovidas por seus alunos. 

Fonte: www.capoeiranaescola.com

quinta-feira, 24 de março de 2011

Capoeira: Esporte Olímpico?


A capoeira como sabemos, não pode ser interpretada de forma simplista e reducionista. Dentre as suas várias possibilidades, ela pode ser caracterizada como jogo, luta, brincadeira, dança, arte, cultura, filosofia, educação. Alguns a consideram também como esporte. A riqueza de referências contidas na capoeira, permite essa diversidade de interpretações.
Gostaria de tecer aqui, algumas considerações sobre a caracterização da capoeira como esporte. Antes de mais nada, é preciso também esclarecer que o fenômeno “esporte” também possui vários sentidos e possibilidades de interpretação. O esporte tanto pode ser visto como atividade voltada para o lazer, visando a busca pela saúde e a educação das pessoas, o desenvolvimento da cooperação e da sociabilidade daqueles que o praticam, como também pode ser visto como uma prática altamente competitiva, excludente, discriminatória (pois só os mais fortes e habilidosos tem vez) em busca da vitória “a qualquer custo”, ou seja, mais um produto dessa nossa cruel sociedade capitalista.
Pois é, aqueles que defendem a capoeira como esporte, têm que deixar claro a que tipo de concepção de esporte estão se referindo. Se for a uma concepção de esporte que busque a integração, o prazer, a inclusão, a socialização das pessoas, aí então posso concordar com essa visão. Mas do contrário, sou muito crítico àquela visão que associa a capoeira ao esporte competitivo, onde campeonatos são organizados para se eleger o melhor, o mais forte, o mais habilidoso, o mais acrobático, onde juízes e regras vão transformando a alegria e espontaneidade de um jogo de capoeira, num clima tenso e pesado onde é travada uma batalha feroz e muitas vezes violenta.
Mestre Bimba e Alunos na Década de 30 um dos percursores da capoeira dentro do contexto da academiaA capoeira não pode ser reduzida a isso !  Gosto de ver um jogo de capoeira onde as pessoas sorriem e se divertem jogando. Onde há espaço para uma brincadeira marota, uma dissimulação, uma mandinga, uma “gaiatice” como se diz aqui na Bahia. Me pergunto como isso seria julgado por um juiz num desses campeonatos ? Quantos pontos valeria uma mandinga ou uma gaiatice de um capoeira malandro ? Por que um jogo de capoeira tem que ter um perdedor e um ganhador ?  Quem vai estabelecer os critérios do que é bom e o que é ruim num jogo de capoeira, para se definir a pontuação ?  É possível alguém definir isso em se tratando de uma prática tão complexa, rica e diversa como a capoeira ???
Nessa direção, muito me preocupa um certo movimento de querer transformar a capoeira em esporte olímpico. Aí seria, na minha opinião, a sentença de morte para a capoeira enquanto livre expressão do povo brasileiro. A capoeira tem beleza e valor, justamente por possuir essa diversidade, essa espontaneidade, essa alegria. No momento em que enclausurarmos a capoeira dentro de regras internacionais rígidas e competitivas – pois é isso que se exige de um esporte olímpico – a capoeira estará sendo destituída de seus elementos mais ricos, mais belos, estará perdendo a sua alma !!! Se o saudoso Mestre Pastinha por aqui estivesse, certamente iria bradar contra isso.
Certo dia desses, fui convidado a um evento de capoeira onde, entre outras atividades, houve um campeonato. Fiquei observando de longe as reações, o clima de tensão, os semblantes fechados, as adversidades e as animosidades que aquilo tudo produzia nas pessoas que participavam do tal campeonato. Mas tive certeza mesmo dos malefícios que aquilo trazia, quando presenciei o choro inconsolável de uma menina de 10 anos, que perdera a final para uma outra menina um pouco mais velha. O jogo bonito que ela apresentou não lhe serviu de nada. A garota mais velha, para os juízes, foi mais “agressiva”. A medalha foi para ela !!!
É nisso que queremos que a nossa capoeira se transforme?

quarta-feira, 16 de março de 2011

CRÔNICA: A Postura Política do Capoeira

Todo capoeirista que preza a história dessa manifestação, sabe que a capoeira tem um conteúdo político muito forte. Afinal ela surge como uma reação a uma violência a que eram submetidos os povos escravizados vindos de África, aqui no brasil. A capoeira é antes de mais nada, uma contestação ao sistema escravagista que submetia milhões de homens e mulheres a uma cruel e desumana condição onde não só os trabalhos forçados, mas também a negação de sua cultura, sua religião, seus símbolos, seus modos de vida, era em última instância, a negação de sua própria condição de seres humanos.
Por isso a capoeira foi tão perseguida durante tantos anos. E por isso também foi preciso resistir durante muito tempo para que essa manifestação chegasse até os nossos dias, com o reconhecimento que adquiriu em nossa sociedade atual, com status de “símbolo da cultura brasileira”. Devemos isso aos bravos capoeiras do passado que souberam com suas artimanhas e estratégias, enfrentar o poder para continuar cultivando suas tradições e preservando-as com muita dignidade para as gerações futuras. Isso se constitui numa postura extremamente política.
Hoje a capoeira é muito bem vista pelas sociedades de todas as partes do mundo, e muitos são os capoeiristas que sobrevivem dessa arte. Em muitas partes do planeta, essa manifestação virou até um certo “modismo”, mobilizando milhões e milhões de praticantes de todas as faixas etárias, mas sobretudo, atingindo o público predominantemente jovem. E por ter se transformado em “modismo”, muitas vezes esse conteúdo político que está na gênese da capoeira, acaba perdendo espaço e sentido, fazendo com que ela se transforme em mera atividade voltada ao entretenimento e ao cultivo das qualidades físicas e acrobáticas. Se a prática da capoeira se restringe a esses valores, vamos estar formando somente capoeiras alienados, e nada mais !!!

Sabemos que a capoeira é muito mais do que isso !!!
Nosso Encontro Berlin 2009 -Em destaque:  Mestre Bailarino, Prof. Papilon e Pedro Abib - Foto Luciano MilaniO capoeirista que tem postura política é aquele que busca estar sempre “antenado” com o mundo que o rodeia. É aquele que busca desenvolver sua capacidade crítica diante dos fatos que atingem a sociedade da qual faz parte, assumindo uma postura de questionamento e muitas vezes até de enfrentamento, quando necessário. É aquele que não se conforma com as injustiças, com os desmandos dos poderosos, com qualquer tipo de opressão. É aquele que busca sempre se envolver nas questões sociais que o afligem, demonstrando determinação em agir no sentido da transformação dessa realidade. Se envolve em debates e busca sempre ampliar seu conhecimento sobre a situação de sua comunidade, sua cidade, seu país, de sua gente.
Os mestres e professores comprometidos com essa visão crítica que a capoeira pode proporcionar aos seus praticantes, devem estar o tempo todo estimulando isso nos seus grupos, quer seja promovendo debates sobre questões sociais, históricas, étnicas, ecológicas, de gênero, etc…quer seja participando de ações diretamente envolvidas com essas questões ao lado de seus alunos em manifestações públicas, passeatas, mobilizações, ou ainda em articulação com outros movimentos sociais, pois a capoeira é também um movimento social. E tem um potencial de ser tornar um movimento muito forte e atuante, pois agrega milhões de pessoas no mundo todo.
Talvez não tenhamos ainda uma noção muito clara sobre o poder político e de mobilização social que a capoeira possui. Por isso, se os grupos começarem a incentivar a formação política dos capoeiras (como felizmente já vem fazendo muitos grupos por aí), no sentido de atuação para a transformação da realidade que atinge nossas sociedades, com certeza a contribuição da capoeira será ainda maior no sentido de  transformar esse mundo, num mundo mais humano, justo e solidário !!!