A origem do Berimbau é desconhecida, mas ele é o principal instrumento do Jogo da Capoeira . É formado por um arco de madeira específico, de mais ou menos 1 metro e 60 centímetros, ligado por um fio de aço ou cipo, tendo em uma das extremidades uma cabaça ou caixa de ressonância bem seca, com dois furos, por onde se passa um barbante que a prende no arame esticado e no arco.
Com uma vareta para percutir na corda, empurra-se com a outra mão uma moeda ou dobrão, também na corda, produzindo assim o som, leva-se ainda na mão da vareta um caxixi (cestinha) com sementes de milho, para marcar o ritmo.
O som do berimbau é tido como místico, sorumbático, intermitente e obsessivo, que não raro, leva seus praticantes a um estado total desprendimento e descontração muscular.
Possui outros nomes; como Urucungo, Gunga, Gabo, e em Cubáe chamado de Buru-Mbumba, ou seja "habla con los muertos". Tem o mesmo papel do KAMISSAMÁ do Judô, diante do qual os lutadores fazem uma reverência.
Os toques do Berimbau na Capoeira.
Existe vários toques tradicionais e aqueles que cada solista cria para si próprio. Ora são lentos, ora são rápidos, mas cada um tem uma finalidade:
São Bento Pequeno - Jogo amistoso.
São Bento Grande - Jogo mais veloz e mais "arrochado".
Angola - Jogo no chão e Mais Lento.
Iuna - toque fúnebre, para grande solenidade e tristeza.
Amazonas - hino da Capoeira.
Benguela - Jogo para facão e maculêlê.
Santa Maria - Jogo com navalha.
Idalina - Jogo com faca.
Apanha Laranja no Chão Tico-Tico - toque onomatopaico para o jogo em que se apanha dinheiro jogado no chão com a boca.
Cavalaria - imitação do trotar do cavalo, avisando que há nas proximidades a presença do senhor de engenho por perto.
As músicas são sempre improvisadas, e em geral, retratam a história do negro nas senzalas, do negro livre, da religião, da comunidade, seus hábitos, seus feitos. Algumas vezes são cantos de louvor, da tristeza, revolta, desafio. Faz parte da tradição o solista começar e dar o aviso "Olha a volta ao mundo!", para dar inicio ao Jogo da Capoeira.
O decreto 487 acabou temporariamente com a Capoeira, muitos de seus adeptos permaneceram exilados em São Paulo, no interior, participando de trabalhos forçados. Após um recesso, a Capoeira ressurge no ano de 1937, quando Manuel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, realizou uma exibição para o então Presidente Getúlio Vargas. Encantado com o Jogo, o Dr. Getúlio Vargas liberou a Capoeira.
Mestre Bimba é o pai da Capoeira moderna, não só por ter atuado decisivamente na liberação, mas também por ter sido o primeiro a dar-lhe uma didática e ensinar em recinto fechado. Mestre Bimba criou o estilo Regional.
O estilo Angola teve em Vicente Ferreira, o Mestre Pastinha seu mais digno representante.
Angenor Sampaio, o Sinhozinho, criou o estilo Primitivo e sabe-se que viveu no Rio de Janeiro, apesar de ser baiano.
O estilo Angola teve em Vicente Ferreira, o Mestre Pastinha seu mais digno representante.
Angenor Sampaio, o Sinhozinho, criou o estilo Primitivo e sabe-se que viveu no Rio de Janeiro, apesar de ser baiano.
Hoje a Capoeira não é mais privilégio da Bahia, Rio de Janeiro ou São Paulo, tendo se espalhado por todo o Brasil com grande aceitação. Tornou-se um esporte competitivo, arte marcial genuinamente Brasileira, e até no exterior já chegou a arte da Capoeira, levada por Brasileiros que tem viajado pelo mundo para divulgar a Capoeira, o nosso esporte genuinamente Brasileiro.
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